Deus existe?
Esta pergunta surge como um grito.
Manifesta o desejo de conhecer Deus. É uma pergunta honesta e como tal deve receber uma resposta honesta. É uma pergunta sincera e cordial. A cordialidade é a base para um diálogo honesto para que a verdade possa surgir. É por isto que: “Quando se perde a cordialidade, a verdade fica obscurecida. É justamente a verdade que nos fornece a própria razão e a base para uma existência civilizada, especialmente quando tentamos responder perguntas como a que temos diante de nós.”[1] (ZACHARIAS, 1997)
Esta pergunta é importantíssima. Ela manifesta o desejo de uma pessoa que anseia uma resposta sincera e que, quer ter uma base sólida de crença na existência ou não existência de Deus. É uma pergunta relevante, se assim não fosse, não seríamos bombardeados com tantos livros que negam a existência de Deus e outros tantos que a defendem. Também, não veríamos acontecer tantos debates em torno deste assunto.
A questão é lógica e busca uma resposta com uma racionalidade lógica. Mas é bom sabermos que a«história mostra que os crimes da lógica podem ser mais catastróficos para a humanidade do que os crimes de paixão».[2] Sendo assim, devo ter cuidado, pois estou seguindo por um caminho muito perigoso.
Tenho que dizer mais uma vez que é importante afirmar que há uma busca pela verdade. Mas o que é a verdade?
A verdade é aquilo que é. É aquilo que está conforme a realidade. Entretanto, hoje à verdade “foi relegada à subjetivade; o belo foi subordinado ao contemplativo; e à medida que às multidões foram sendo reduzidas à idiotice, noite após noite, foi construída uma comunidade global, com as artes governando de modo totalitário.”[3] O que é dito é que deixamos o Absoluto e passamos relativizar. Hoje quem determina a verdade é o mundo da arte, e este afirma que não existe a Verdade e sim verdades. É por este motivo, que a realidade de Deus caminha num ambiente hostil. Há os que rejeitam a realidade de Deus e os que afirmam a existência de Deus, muitas vezes por não agirem com cordialidade, acabam destituídos de amor e misericórdia. Sendo assim, vive-se um clima de tensão e confusão.
Deus existe?
Sim Ele existe. Entretanto, é bom ver o que pensam sobre a existência de Deus. “Os filósofos seculares reduzem-No a uma simples idéia. Os sociólogos vêem-No como fenômeno cultural. Os existencialistas simplificam-No a uma sensação. Não é surpreendente que aquele que O procura honestamente grite “Quem sois, ó Deus?”[4] (Zacharias, 2002)
Quais são as bases para que possamos afirmar positivamente à existência de Deus e dizer quem Ele é?
É facto que, os que pedem evidências para crer, fundamentam-se no argumento de que as proposições auto-evidentes incontestáveis são realmente básicas. A grande questão é que se apresenta é: quem define este postulado?
Ele é realmente básico?
Claro que não! Ele não é nem básico e muito menos auto-evidente e muito menos incontestável. Sendo assim, podemos afirmar que não podemos excluir a fé como possibilidade de uma convicção básica.
Creio que um dos nossos grandes dilemas é justamente tentar defender a existência de Deus. Acusamos os que não acreditam. É interessante que a Bíblia não se preocupa em provar a existência de Deus. Ela simplesmente afirma que «Deus é» e age na história e através da história. Ela também reconhece a existência dos que não acreditam em Deus. (Sl 14.1; 53.1). Contudo, a Bíblia também diz que o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria (Pv 1.7).
Não queremos guerrear com ninguém. Não desejamos ser descorteses. Contudo, declaramos que Deus existe. Sendo assim, “estamos dizendo que Deus vive, e estamos não somente falando sobre a palavra deus, ou a idéia deus. Estamos falando do relacionamento correto com o Deus vivo, real.”[5] (Schaffer, 1981) Deus é e age. Ele é o Deus que se revela ao ser humano. Ele se dá a conhecer através da sua Palavra e do Filho Jesus Cristo que é a manifestação do Pai. João diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1:14).
Deus existe e deseja ter um relacionamento íntimo e pessoal contigo!
[1] R. ZACHARIAS. Pode o homem viver sem Deus? Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1997 p. 30
[2] Ibid. p. 33
[3] Op. Cit. 34 - 35
[4] R. ZACHARIAS, Do coração de Deus, Textus Editora, Rio de Janeiro, 2002 p. 10
[5] F. A. SCHAFFER. O Deus que intervém: o evangelho para o homem de hoje, Editora Refúgio e ABU
Editora, Jau, São Paulo, 1981 p. 224
Sem comentários:
Enviar um comentário