quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O castigo de Deus é bom

Antes de ser castigado, eu andava desviado, mas agora obedeço à tua palavra. (Sl 119.67.)

O castigo de Deus não é apenas a demonstração do seu repúdio ao pecado. É também uma demonstração da sua graça. O castigo de Deus tem o tamanho que precisa ter, nunca é de menos, nunca é demais. O castigo de Deus é terapêutico. Ele traz o pecador de volta ao aprisco das ovelhas. Ele abre caminho para a descoberta do pecado e a descoberta do perdão, colocando entre um e outro a dor mais saudável deste mundo — a dor do arrependimento.

O salmista está por dentro do assunto, por dentro desse processo de cura. Ele fala por experiência própria: “Antes de ser castigado, eu andava desviado, mas agora obedeço à tua palavra” (Sl 119.67). O castigo de Deus é tão saudável que o mesmo salmista confessa alegremente: “Foi bom para mim ter sido castigado, para que aprendesse os teus decretos” (Sl 119.71). Não foi ruim, foi bom. Sem o castigo de Deus ele não teria tido convicção do pecado cometido, não teria se arrependido, não teria obtido o perdão, não teria sido restaurado, não teria voltado ao aprisco.

É por isso que Salomão aconselha: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem” (Pv 3.11,12; cf. Hb 12.5,6).

O testemunho de Efraim é como o do salmista: “Tu me disciplinaste como a um bezerro indomado e fui disciplinado”. Por causa disso, Efraim voltou: “De fato, depois de desviar-me, eu me arrependi; depois que entendi bati no meu peito” (Jr 31.18,19).

Retirado de “Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos” (Editora Ultimato, 2006).

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