Já esteve numa situação em que não conseguia entender o que estava a acontecer, e tudo à volta não fazia sentido? Uma situação em que não conseguia ver nada e, depois que passou, percebeu que tudo estava “na cara”?
Penso que era assim que Maria se sentia. Ela fora embalsamar o corpo de Jesus e encontrou o túmulo vazio. Concluiu que o haviam roubado, pois nada mais fazia sentido.
Dois anjos e, depois, o Senhor apareceram para Maria, mas ela não os reconheceu. Ela fora buscar um corpo a ser embalsamado e não estava pronta para encontrar um Deus a ser adorado. Foi derrotada por sua expectativa.
Ficamos tão presos à crise, que não conseguimos ver nada que a contradiga. Aí podemos, a exemplo de Maria, vir a chorar diante de algo que nos deveria fazer vibrar. Ela não viu a ressurreição por pensar que a morte era a última palavra.
Salvou-a o fato de Jesus, que ela pensava ser o jardineiro, tê-la chamado pelo nome, pois, em vez de se espantar porque um desconhecido soubesse seu nome — o que seria lógico —, reconheceu o Mestre. Certamente não por ouvir seu nome, mas pela forma como fora pronunciado. Sua comunhão com Jesus a salvou de ser derrotada pela aparente crise.
Só a comunhão com Cristo pode levar-nos a reconhecê-lo no meio da crise. Só o Senhor pode conduzir-nos para além do limite imposto por equivocadas expectativas e salvar-nos de sermos derrrotados pela crise. Cultive essa amizade. Ela o fará ver tudo a partir da ressurreição.
Fonte: “Devocionais Para Todas as Estações” (Editora Ultimato, 2005).
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