sexta-feira, 11 de abril de 2008

Alegria

A alegria do Senhor é a vossa força. (Ne 8.10.)

Uma alegria despojada, onde não entra o supérfluo e o essencial não falta. Uma alegria de criança, de namorada que sabe que é amada; de uma presença com atração, carinho e respeito; assim como de manga mais doce impossível, no maior calor de verão. Uma alegria de um abraço muito meigo e apertado das filhas que vieram de longe, e por quem sou capaz de levantar do chão um trem descarrilhado.

Uma alegria sobrenatural — curando a ferida, extraindo o veneno, saltando e borbulhando como água de cachoeira gelada; galopando ao compasso do coração; arrebatando do duro chão, onde sonhos sem idade não se permitem. Uma alegria cantando, como quando a filha, o filho, a neta ou o neto sai do abrigo e revela o corpinho amado — sem uma única falha, um arranhão sequer... ainda, da vida. Uma alegria insopitável, de mãos se encontrando, de olhos se revelando na mudez de confissões adivinhadas...

Uma alegria maior que todas as alegrias, de saber que estou debaixo das asas do Deus Todo-Poderoso, com a certeza de que Ele jamais me lançará no mar do esquecimento, pois é o único Pai que jamais falha!

Retirado de “Devocionais Para Todas as Estações” (Editora Ultimato, 2005).

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