sábado, 8 de dezembro de 2007

Artigo de Ariovaldo Ramos

Tomemos a iniciativa

E logo o Espírito o impeliu para o deserto… Mc 1.12ª


Foi o Espírito Santo quem o levou ao confronto com o mal.

Antes que o malígno desafiasse Jesus, o Espírito Santo o levou a desafiar o adversário.

Nós oramos para que o Senhor nos livre do mal. E está correto. Foi Jesus quem ensinou-nos a orar assim, na chamada oração do Pai Nosso.

Mas, livrar-nos do mal não significa livrar-nos do confronto com o mal e, sim, livrar-nos de que o mal tenha algum espaço em nós.

Quando Jesus disse: “Vem aí o príncipe deste mundo e ele nada tem em mim” (Jo 14.30), era isso o que ele estava dizendo: que nêle o adversário não encontrava nenhum espaço para fomentar a sua rebelião.

Deus nos dá força para realizar o maior de todos os milagres, enfrentar os agentes do mal.
Como disse G. K. Chesterton (escritor e ensaísta inglês – 1874 – 1936): “O problema da humanidade não é explicar o mal, é explicar o bem.”

Esse é o grande milagre: em meio a tanta maldade, se manifesta o bem.

Como, por que o mal não tomou conta de tudo, uma vez que o mal nada respeita?

Por isso, nosso maior trunfo é a possibilidade de enfrentar os agentes da maldade e a maldade alojada em nós.

Deus fez o melhor por nós, quando, ao invés de nos livrar do confronto com o mal (o que só o poderia fazer se desconsiderasse nosso livre-arbítrio), nos deu força para enfrentá-lo. De tal modo que, o Espírito, ao contrário de nos municiar para enfrentar o adversário, quando do seu ataque, nos impele a tomar a iniciativa do ataque e do desafio.

O mal não é todo-poderoso, o Senhor Jesus o é. E, em Cristo, podemos desafiar o mal e fazê-lo retroceder. Inclusive e, principalmente, na sociedade.


Publicado 8/12/2007 no http://clcportugal.blogspot.com/

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